“Lúcia-Lima” cria rede nacional de associações

A “Lúcia-Lima”, com sede em Cadima, Cantanhede, avançou com a criação de uma Rede Nacional de Associações Culturais, uma iniciativa que pretende conectar agremiações de todo o país para fortalecer o setor em Portugal e, ao mesmo tempo, mapear e criar um registo público com associações culturais ativas de todas as regiões, fomentar a descentralização e o acesso à cultura e promover colaborações e sinergias entre associações e artistas.

No primeiro mês de “Open Call”, a instituição conseguiu registar, de acordo com Bernardo Matos, «111 associações de diversas regiões do país e, desde então, esse número tem vindo a aumentar». «A distribuição geográfica atual mostra um envolvimento alargado, com representatividade de várias zonas, incluindo áreas metropolitanas e regiões onde a presença cultural tem menor visibilidade». Além das coletividades, sublinha o membro da Lúcia Lima, a «rede tem também um impacto para artistas, programadores e o público em geral».

«Queremos que esta plataforma sirva como uma ferramenta de descoberta cultural, permitindo que mais pessoas conheçam o que existe no país e se sintam incentivadas a envolver-se ativamente. Seja através da procura por espaços para a realização de projetos, do contacto com associações que possam acolher iniciativas, ou simplesmente da participação nas atividades promovidas, acreditamos que esta rede pode fortalecer todo o ecossistema cultural», destacou.

Esta primeira fase de inscrições fecha a 28 de fevereiro e em abril acontecerá o primeiro encontro da Rede Nacional de Associações Culturais, destinado à troca de ideias e reflexões sobre a rede. No futuro, quando a rede estiver consolidada, o objetivo «é que funcione como um espaço público “online”, acessível a qualquer pessoa interessada na cultura em Portugal». Além de conectar associações culturais, a “Lúcia Lima” pretende que a rede «seja um ponto de referência para artistas e agentes culturais, facilitando o acesso a espaços, parcerias e oportunidades de criação e programação».

À medida que a rede for crescendo, Bernardo Matos ambiciona consolidar plataforma digital. «Queremos que este seja um espaço dinâmico, onde a partilha de experiências, a troca de conhecimentos e o contacto entre agentes sejam facilitados e incentivados», conclui o membro da Lúcia Lima Associação Cultural.|