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MP pede 21 anos de prisão para homicida do sócio do café Nicola

Nas alegações finais do julgamento do homicida confesso do sócio-gerente do café Nicola, o procurador do Ministério Público (MP) vincou que o arguido «reconheceu» o crime que cometeu
O procurador do Ministério Público (MP) vincou que o arguido «reconheceu» o crime que cometeu, defendendo que o mesmo deverá ser condenado a uma pena única de 21 anos de prisão pela prática dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver (tentou esconder o cadáver numa fossa sética). Já o advogado que representa a família da vítima defendeu uma pena «a rondar os valores máximos», ou seja 25 anos. A defesa considerou que o arguido contou os factos «da forma mais sóbria possível e com o maior detalhe possível». Se para a defesa não há dúvidas de que o arguido deve ser condenado pelo crime de profanação de cadáver, já no caso do homicídio considera que o homem deve ser condenado por um crime de homicídio simples e não qualificado. «A conduta do arguido ocorreu sem qualquer tipo de preparação ou estabelecimento de plano. Não visou satisfazer qualquer instinto ou prazer», notou. O arguido voltou a querer falar antes das alegações finais, que decorreram ontem à tarde no Tribunal de Coimbra, voltando a reconhecer o erro que cometera em agosto de 2023. «Não vou dizer que estava drogado ou alcoolizado, mas não sei dizer o porquê. Sei que não gostava de fazer aquilo, não gostava de estar ali e só queria que aquilo acabasse para continuar a minha vida», afirmou o arguido. «Estou arrependido do que fiz, de destruir não só a minha família, como outras famílias. Vou carregar esse peso para o resto da vida. Não há anos, nem cadeia que vá retirar isso da minha memória», afirmou o arguido.

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