Mais de 39 mil reações adversas (RAM) às vacinas contra a covid-19 foram registadas em Portugal até final de 2022, o que corresponde a 1,4 casos por cada 1.000 doses administradas, indica um relatório do Infarmed.
“Até 31 de dezembro de 2022, registaram-se um total de 39.135 notificações de casos de suspeita de RAM” na sequência das quase 28 milhões de doses administradas desde o início da vacinação, refere o documento, o último que a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) publica de forma regular sobre a segurança das vacinas contra o vírus SARS-CoV-2.
Segundo regulador nacional, do total de RAM registadas no Sistema Nacional de Farmacovigilância (SNF), 8.518 foram considerados casos graves, o equivalente a 0,3 casos por cada 1.000 vacinas administradas.
O relatório adianta ainda que as reações adversas às vacinas contra a covid-19 “são pouco frequentes” e os casos graves são considerados como de “frequência rara”, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde.
“Dos casos de RAM classificados como graves, cerca de 84% dizem respeito a situações de incapacidade temporária (incluindo o absentismo laboral) e outras consideradas clinicamente importantes pelo notificador, quer seja profissional de saúde ou utente”, avança o Infarmed.
Das 8.518 notificações de casos de suspeita de reação considerada grave, “142 apresentaram desfecho fatal” - 0,005 casos por 1.000 vacinas administradas - e ocorreram num grupo de pessoas com uma mediana de idades de 77 anos, refere o documento.