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“Quando aqui chegámos não havia um cêntimo em nenhuma conta”


Segunda, 25 de Julho de 2016
Diário de Coimbra A Académica avançou com o processo de despedimento colectivo de sete jogadores. Não havia outra solução? Paulo Almeida Houve várias soluções que foram sendo abordadas por nosso imperativo moral e ético antes de iniciar o procedimento. Ponto de ordem: não há ninguém despedido neste momento. Há um procedimento iniciado que po­de ou não terminar em despedimentos. Desde a primeira hora que este procedimento estava pensado como necessário. Achamos que os despedimentos colectivos são uma ferramenta legal à disposição das empresas que não tem sido encarado no mundo empresarial, talvez no mundo do futebol seja encarado, como algo só para os momentos de crise. Também é para os momentos de crise e por acaso a Académica vive um momento de crise, mas normalmente não é associado como aquele binómio do ou se despede ou fecha. Há uma carga negativa relacionada com o despedimento, como é óbvio, e quem nos dera a nós que não tivesse sido necessário. É certo que foi tomada por nós, mas se tivesse havido outro tipo de gestão da anterior Direcção certamente as coisas seriam bem diferentes. Antes deste procedimento falámos com todos os jogadores e explicámos a situação. Alguns saíram de sua livre vontade, outros rescindiram num encontro de vontades e outros ainda renegociaram os contratos. Por exem­plo, Selim Bouadla, Lee, Iago e Trigueira rescindiram e todos somados são 400 mil euros anos que por efeito da rescisão deixaram de constar da massa salarial. Mas jogadores como Makonda, Nuno Piloto (renovou contrato) e Marinho renegociaram e pelos três há uma descida de quase metade dos valores da massa salarial. Todos eles foram sensíveis às nossas argumentações, bem como os outros. Nós temos que nos colocar no lugar dos jogadores e a Académica e esta Direcção não chega à frente de ninguém, nomeadamente dos jogadores, e diz assim: “Está aqui o contrato. Ou queres ou vais-te embora”. Isso não existe. Nós falamos com os jogadores, ouvimos os seus argumentos e razões, introduzimos os nossos argumentos e razões e tentamos fazer um esforço real e efectivo para em sede negocial chegar a um acordo. Com alguns foi a rescisão, com outros foi a renegociação dos termos do contrato. Isto quer dizer que com os jogadores que estão incluídos neste procedimento também existem negociações, mas há um “timing” do qual não podemos ultrapassar, porque naturalmente temos de fechar plantéis. As negociações com alguns arrastaram-se mais tempo e vão-se arrastar mais alguns dias, mas há de parte a parte uma firme vontade e acreditamos mesmo que as negociações vão dar certo. Além da notificação, o primeiro momento da fase procedimental é uma fase negocial, portanto não passa de mais uma ronda de negociações.
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