Jónatas Machado, director da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), diz que a instituição tem de acompanhar a era do digital e reconhece que toda a comunidade pode ser parceira no objectivo de ligar o Direito aos processos tecnológicos. Em entrevista a propósito do Dia da Faculdade, que se celebra amanhã, reconhece o problema com os recursos humanos e dá a conhecer novas ofertas centradas no ensino em inglês
Na sua tomada de posse colocou a tónica no “rejuvenescimento e valorização quantitativa do corpo docente como forma de tornar a faculdade sustentável”. Como está este processo?
Há questões que não dependem de um director, mas um director tem um papel importante porque tem de manter um diálogo permanente com a Reitoria para ver quais são as possibilidades a melhorar. Temos problemas complexos, que me preocupam de sobremaneira e afectam a sustentabilidade da faculdade. Parte significativa do serviço docente é desenvolvida por jovens assistentes auxiliares de ensino, jovens licenciados que se candidatam a esta posição que não faz parte da carreira, mas ajudam na avaliação e no acompanhamento aos alunos. Temos uma outra categoria, os monitores, sem pertencerem à carreira docente, mas desempenham um papel muito importante. Também temos assistentes convidados, segmento importante que não pertence, igualmente, à carreira. São três segmentos que não pertencem à carreira. Dentro da carreira, temos bastantes professores auxiliares, mas muitas vezes estão anos sem verem qualquer progresso nas suas carreiras, o que causa desmotivação. Também temos professores convidados que não vêem abertura para progressão na carreira. Todos dão tudo, todos dão, provavelmente, mais do que seria exigido, mas ficam às vezes muito tempo sem progredirem.
