Rui Rovira, antigo jogador do U. Coimbra e actual treinador dos seniores do União 1919, promete uma equipa “séria, trabalhadora, consciente das suas limitações” para a estreia no Campeonato de Portugal. Professor
de Geografia, confessa-se um “apaixonado por futebol”
Diário de Coimbra: Como é que se sentiu ao receber o convite para a subida de divisão?
Rui Rovira: Acabou por ser a consequência dos objectivos a que nos propusemos a montante e do trabalho que acabámos por fazer. Vendo as coisas num prisma simplista, é um facto que os outros foram mais competentes do que nós porque fizeram mais um ponto e temos de ter presente e respeitar os quadros competitivos que nos propuseram. É um facto que o campeonato dividiu-se em duas fases, mas nós marcámos mais do que o triplo dos golos do que o adversário que acabou em primeiro lugar e sofremos mais dois. Considerávamos que tínhamos competência e que desenvolvemos um trabalho para acabar em primeiro. Não acabámos e temos de cumprimentar os campeões. Todavia, sabemos que temos competência para nos propor a subir de divisão. Simultaneamente, temos de ter presente do que é isto da organização e do estofo organizativo e social das colectividades. Respeitando sempre os nossos adversários, são eles que nos ajudam a transcender e a atingir as metas, mas os clubes, normalmente, espelham a massa adepta e o volume de sócios e simpatizantes ao nível em que estamos. Nós, União de Coimbra, propusemos a subida de divisão porque sentíamos que por trás de nós havia um volume de simpatizantes e sócios que nos impelia a lutar por esse objectivo e que, simultaneamente, também nos apoiou. Daí, aceitarmos de bom grado e sentir que justamente vamos representar a cidade de Coimbra neste nível competitivo.