Os lesados do prédio da avenida Elísio de Moura que foi vítima de um enorme aluimento de terras em Dezembro de 2000 pedem 700 mil euros à Câmara de Coimbra pelos danos (morais e patrimoniais) sofridos. O julgamento começa hoje no Tribunal Administrativo esperando-se que o presidente da Câmara, Manuel Machado, seja o primeiro a testemunhar, uma vez que era ele o presidente à época do acidente, cargo que voltou a ocupar há três anos.
Paulo Veiga e Moura, advogado dos proprietários das 16 fracções lesadas, lembra que o terreno que cedeu era municipal e que a autarquia não só permitiu que na fase de construção da avenida e dos prédios ali fossem depositados inertes como nunca compactou o terreno e permitiu que árvores ali crescessem. Foi uma «mistura explosiva», resume o jurista acrescentando ainda o facto dos moradores da rua António Jardim (no topo do terreno) terem alertado os serviços municipais para a instabilidade do terreno sem que, aparentemente, nada tivesse sido feito.