Em 2015, Carlos Alves tomou a decisão de abandonar a carreira de professor e fotógrafo profissional e dedicar-se à produção de mirtilos, numa herdade da família com mais de dois hectares, “plantada” numa encosta da Serra do Montemuro, em Fornelos, a cerca de 500 metros de altitude.
Foi aqui, na Quinta da Redouça, que corajosamente trocou as objectivas pelas enxadas e se lançou na produção biológica e certificada de um fruto selvagem que tem tanto de delicioso como de exigente, determinado a fazer deste o seu projecto de vida. “Não é fácil viver-se da agricultura”, garantiu ao Diário de Aveiro, a começar por se tratar de um fruto sazonal de crescimento lento e natural e por se tratar de uma produção familiar pequena, entretanto reforçada com algumas experiências com morangos, cerejas e medronho. E o Estado de Emergência veio piorar tudo, comprometendo o normal funcionamento desta pequena produtora.