O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, mostrou-se satisfeito com o trabalho que está a ser desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Viseu no âmbito da prevenção e combate à Covid-19 e na rápida adaptação que o surto do novo coronavírus exigiu a toda a comunidade académica e científica.
Em declarações aos jornalistas, o governante reconheceu “o esforço notável” feito pela instituição de ensino superior, envolvendo alunos, ex-alunos e docentes em diferentes projectos como é o caso da criação de dois protótipos de ventiladores - um pneumático e outro eléctrico -, em colaboração com o Instituto Politécnico de Leiria, no fabrico de viseiras de protecção, através do recurso a impressoras 3D, e na adaptação de máscaras de mergulho, a pedido do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, para serem usadas nos doentes ligados a ventiladores.
Manuel Heitor também assistiu às aulas a distância que decorrem através das plataformas de colaboração disponibilizadas pela Unidade de Computação Científica Nacional da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e que, devido à necessidade de suspensão das actividades lectivas presenciais, estão a ser utilizadas de forma massiva para ensino a distância pelas instituições de ensino superior nacionais.
O governante terminou a visita ao Politécnico com uma ronda pelas residências de estudantes daquela instituição, nas quais continuam a funcionar os serviços de refeições e de alojamento, principalmente para estudantes estrangeiros.
No final, o ministro destacou o trabalho que está a ser feito no desenvolvimento dos dois protótipos de ventiladores e o facto de o Politécnico ter disponibilizado os projectos a empresas que queiram avançar para a produção e comercialização daqueles equipamentos, sublinhando que empresas que estão paradas poderão ter aqui uma oportunidade de avançar para outro sector como é o do material para a área da saúde.
Várias empresas com
interesse nos ventiladores
O presidente do Politécnico de Viseu, João Monney Paiva, referiu aos jornalistas que são várias as empresas e instituições interessadas em apoiar o projecto dos ventiladores, no entanto, lamentou que não seja possível avançar mais, enquanto o Infarmed “não produzir os normativos” necessários, como já fez para as máscaras e zaragatoas.
