«Não se morre de enxaqueca, mas sofre-se em silêncio», comentou ontem o presidente do Conselho Português para o Cérebro, à margem das comemorações do Dia Mundial do Cérebro, este ano dedicadas à enxaqueca, doença que afecta uma em cada sete pessoas, mas que continua, alertou, a ser desvalorizada pelo poder político.«Só é valorizada por quem sofre. Nem os familiares valorizam, nem sequer o poder político valoriza», afirmou António Freire Gonçalves, defendendo mais apoio à investigação. «O cérebro está um pouco abandonado no que diz respeito à investigação e tem havido grande pressão internacional no sentido de colocar o foco da investigação no cérebro», afirmou António Freire Gonçalves, lamentando o «investimento baixo» nas doenças do cérebro quando comparado com outras doenças. «Se melhorarmos a qualidade de vida das doenças do cérebro, melhoramos o envelhecimento e, de alguma maneira, estamos a diminuir a quantidade de doenças que se vem a instalar com o envelhecimento», afirmou.
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