Em 2009, Sofia Gonçalves tomou a decisão de acompanhar o marido em Cabo Verde, onde este desenvolvia a sua actividade profissional. Simplesmente para manter a família unida, já que Maria já tinha dois anos e meio. O destino foi a Ilha do Sal, onde sentiu o peso da insularidade, pois foi a primeira vez que foi viver para uma ilha. A adaptação «não foi muito fácil, sobretudo por causa do calor abafado», confessa. Com vontade de fazer algo, a pergunta: «Como posso contribuir para o crescimento do país?» inquieta-lhe o espírito. Arregaça as mangas, faz contactos e, juntamente com outra professora, consegue abrir um colégio com currículo português, que ainda hoje desenvolve a sua prática com muito sucesso. Com as doações de livros que consegue angariar cria o projecto “Viajar com livros” e abre várias bibliotecas em escolas da Ilha do Sal, levando a leitura às crianças caboverdianas. Em 2011, regressa a Portugal e dá continuidade às suas funções no Colégio Bissaya Barreto, como docente e membro da direcção pedagógica. Mantém o contacto, alimenta os projectos e inicia o doutoramento em Ciências da Educação. Em 2017, o marido recebe um convite para ser director geral da Sucursal da Mota Engil Cabo Verde. Novamente o apelo de Cabo Verde, tal como a convicção de que a família precisa de estar unida, falam mais alto.
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