«Estamos a tentar transformar a paisagem florestal votada ao abandono num novo e dinâmico projeto agrícola. Nos últimos anos tem havido uma aposta forte de muitos proprietários na plantação de medronheiros e nós vamos tentar dar um novo impulso, fazendo com que a plantação de vinha em concreto possa também ser um caso de sucesso, para que porventura outros possam seguir-nos e fazer acontecer essa transformação». As palavras são de Jorge Custódio, presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra após ter assinado o auto de consignação da empreitada de construção de patamares para vinha em socalcos, na parte sul do concelho de Pampilhosa da Serra, junto à localidade de Trinhão, freguesia de Portela do Fojo – Machio, na margem direita do rio Zêzere.
A intervenção, segundo o autarca, contempla a «execução dos primeiros 25 hectares de vinha com o estatuto de Identificação Geográfica Protegida (IGP), de um total de 60 hectares de direitos de plantação concedidos pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), numa parcela de terreno com um total de 100 hectares, integralmente da propriedade do Município, constituindo-se como um projeto âncora da Operação Integrada de Gestão da Paisagem da Travessa (OIGP) da Travessa, que tem como Entidade Gestora a Florestgal, S.A., e que estrutura o processo de transformação da paisagem em mais 4000 hectares ao longo da bacia do Zêzere».
Com um prazo de execução de 18 meses, a empreitada foi adjudicada à empresa Álvaro Feliciano de Sousa Branco, de Alijó, pelo valor de 745 mil euros, acrescidos de IVA, mobilizando investimento do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que contempla um financiamento global superior a 9 milhões de euros, que já teve parecer favorável em sede de Conferência Procedimental para a Operação Integrada de Gestão da Paisagem (OIGP) da Travessa.