O Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências Tecnológicas da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Sociedade Broteriana (SB) e o Jardim Botânico inaugurou, ontem, a exposição “As plantas na obra poética de Luís Vaz de Camões”, no Edifício S. Bento.
A mostra está integrada no programa “Comemorações do V Centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões” e, ontem, incluiu ainda um “sprint botânico”, no Jardim Botânico, com mais de 30 participantes, onde se «viajou pela flora lírica e épica de Camões», como explicou o guia João Farmião. Logo após a exposição, Jorge Paiva, professor catedrático jubilado da FCTUC e um dos mais conhecidos e reconhecidos professores da Botânica da Universidade de Coimbra, apresentou uma palestra a par com Rita Marnoto, comissária das Comemorações do V Centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões.
A exposição integra a investigação feita pelo professor Jorge Paiva, de recolha de plantas referidas na obra completa, lírica e épica, de Luís Vaz de Camões. Sendo o seu principal objetivo mostrar que Camões «conhecia muito bem a flora da zona do Mondego», destaca Ana Margarida Dias da Silva, investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura (CHSC) e do DCV.
A ideia surgiu a partir de uma coleção de aguarelas, da artista Ursula Beau, que foi entregue ao DCV após o falecimento da artista. O departamento, em conjunto com Jorge Paiva e Rita Marnoto, selecionaram 13 aguarelas de plantas, que fossem «mais relacionadas com aquelas que são referidas nas obras de Camões», explicou ainda Ana Margarida Dias da Silva.
A exposição irá estar aberta até dia 31 de julho e tem entrada livre.