Um homem de 36 anos foi condenado a uma pena de sete anos e seis meses de cadeia por ter assaltado, com recurso a grande violência, um turista e um taxista em janeiro deste ano. Violência que foi destacada pelo presidente do Tribunal Coletivo de Coimbra, ontem, durante a leitura do acórdão, destacando a situação vivida pelo taxista assaltado e esfaqueado.
O arguido, que está em prisão preventiva, seria identificado porque deixou cair, dentro do táxi, um aparelho de vigilância eletrónica que lhe foi aplicado no âmbito de um outro processo judicial e durante o julgamento confessou a prática de todos os factos da acusação.
O arguido, residente em Coimbra, tem pelo menos seis condenações no seu cadastro (a maioria das quais a penas de cadeia efetiva) por crimes de furtos e recetação. Esteve preso entre abril de 2009 e abril de 2022 pelo que quando cometeu estes crimes - em janeiro último - estava ainda a gozar de liberdade condicional.
A 13 de janeiro, segundo a acusação do Ministério Público, o arguido arrancou um telemóvel das mãos de um turista que estava sentado na esplanada de um hotel na Baixa de Coimbra e apontou-lhe uma navalha. A vítima foi no seu encalço e apanhou-o na Rua Rosa Falcão, onde foi atingida com dois golpes de navalha e um sem número de murros. Teve de ser hospitalizada. Dois dias depois, o mesmo indivíduo apanhou um táxi na Avenida Fernão de Magalhães para se deslocar ao Bairro do Ingote. Quando o taxista parou, o arguido colocou-se imediatamente atrás do banco do condutor a quem apertou o pescoço (num golpe vulgarmente conhecido como “Mata Leão”), enquanto exigia o dinheiro que este tinha numa caixa. Perante a resistência do taxista, o agressor, segundo o Ministério Público, «começou a desferir golpes com uma navalha na zona da cabeça e da face do ofendido, provocando vários cortes e perfurações (nomeadamente na zona da testa e das bochechas), causando-lhe dores e abundante sangramento». Fugiria depois com cerca de 120 euros que estavam na dita caixa.