A saúde é uma das atribuições dos serviços de ação social do ensino superior e uma valência que tem vindo a ser reforçada também no Instituto Politécnico de Coimbra (IPC). Reaberta em outubro de 2022, depois de um período de interregno, a Clínica IPC tem vindo a registar um aumento de procura por consultas, especialmente na área da saúde mental (Psicologia e Psiquiatria) e da medicina dentária, mas a sua ação estende-se a diversas outras iniciativas no âmbito da prevenção de doenças e promoção da saúde. Isso mesmo explicou ao Diário de Coimbra Helena Moura, diretora da Unidade de Saúde e Bem-Estar dos Serviços de Ação Social do IPC.
Os dados mais recentes da Clínica IPC - que possui instalações no campus da Escola Superior Agrária e uma extensão no Instituto Superior de Engenharia (ISEC) - dão conta de 170 consultas de Psicologia e de 12 consultas de Psiquiatria por mês, bem como de 80 consultas de medicina dentária por mês. A medicina geral e familiar, que o IPC se tem esforçado por divulgar, regista já 64 consultas por mês, a nutrição 48 consultas e a área da fisioterapia 32 consultas por mês.
«Os SAS têm várias unidades, umas de apoio mais direto aos estudantes, com as nossas assistentes sociais, e outras, com a clínica, mais na vertente da saúde e do bem-estar. As consultas de Psicologia e de Psiquiatria, bem como de Medicina Dentária, têm bastante procura, mas procuramos ter uma intervenção diversificada, com várias respostas, que vão desde a medicina geral à nutrição e fisioterapia», declara a responsável.
Estudantes do IPC, trabalhadores docentes, não docentes e investigadores do IPC, bem como Alumni (antigos estudantes) são os destinatários desta clínica e, a propósito de preços ali praticados, Helena Moura lembra que «os estudantes bolseiros beneficiam de pagar o valor mais baixo» e que também «os subscritores do Plano de Saúde IPC podem aceder a consultas por um valor reduzido». Acresce que, sempre que exista essa necessidade, é possível responder a alunos que não tenham capacidade financeira para pagar, através do Apoio de Emergência ao Estudante (A2ES).
Helena Moura, ela própria psicóloga na Clínica IPC, confirma que os quatro psicólogos não têm mãos a medir e que atualmente existe espera para estas consultas, que são agendadas através da Plataforma SASocial. «Atualmente temos pouca capacidade de resposta, temos já espera de cerca de um mês, mas ideia é reforçar a área da saúde mental, nomeadamente duplicando a capacidade de consultas de psiquiatria», adianta. «Outra área com muita procura é a da medicina dentária», talvez devido ao facto de se praticarem na Clínica IPC «valores sociais», acrescenta a diretora da Unidade de Saúde e Bem-Estar.
