A poucos dias do início da Queima das Fitas, o Dux da Universidade de Coimbra, Matias Correia, fala-nos acerca das atividades mais tradicionais e afirma manter a posição do Conselho de Veteranos de que a Serenata deveria ser na Sé Velha, contudo, não se opõe à realização de uma Serenata seja ela onde for.
Quais são as expectativas do Conselho de Veteranos para uma festa que celebra este ano 125 anos?
Gostaria de separar duas vertentes da festa, ou seja, existem as Noites de Parque, que não são o nosso foco, mas não podemos deixar de reparar que será uma das melhores edições de sempre com o maior número de bilhetes vendidos dos últimos anos e estamos a ter bastante feedback positivo das pessoas. Ao nível das atividades tradicionais, o Conselho de Veteranos tem continuado a fazer um grande esforço para manter essas atividades. Uma das razões para estarmos a fazer tanta força para que a Serenata Monumental aconteça na Sé Velha é exatamente porque são os 125 anos da Queima das Fitas e nós gostaríamos que fosse uma edição histórica e que marcasse o regresso à Sé Velha. O Cortejo dos Pequenitos (que se realizou ontem) é também uma das atividades que está muito bem estabelecida e que este ano teve um número de participantes acima dos anos anteriores. Ainda no decorrer da Queima das Fitas, vamos manter a realização da Ceia dos Boémios, que este ano acontece na antiga Sala das Massas (nos Jardins da Associação Académica de Coimbra), a seguir à Serenata, porque no ano passado foi um sucesso.
Depois de algumas semanas de pareceres e discussão quanto à realização da Serenata Monumental na Sé Velha, a Comissão Organizadora tomou a decisão de realizar a Serenata na Sé Nova, devido aos pareceres negativos da PSP de Coimbra. O Conselho de Veteranos, desde o início, apoiava a realização do evento na Sé Velha. Qual é a posição do conselho de Veteranos?
Mantemos a nossa posição que a Serenata deve realizar-se na Sé Velha, mas não nos opomos a uma solução que leve à realização de uma serenata, seja onde for. Nestes últimos dias fizémos um esforço para que a mesma acontecesse na Sé Velha e mesmo depois de quase termos um parecer positivo, surgiram novas condicionantes que eram impossíveis de concretizar em tão pouco tempo. Claro que tentámos convencer a Secção de Fado a atuar na Sé Nova, mas até ao momento não foi possível.
Das atividades da Queima das Fitas, o Cortejo dos Fitados é um dos momentos mais importantes, nomeadamente, para aqueles que se despedem da cidade. Como é que vai decorrer este ano?
Este ano houve um ajuste na quantidade de latas, passou para 3 mil latas por carro. Já o percurso vai manter-se como foi nos anos anteriores, devido às obras. O Cortejo terá início no Largo D. Dinis, descendo até à rotunda do Papa, seguirá pela Avenida Sá da Bandeira e segue pela Rua da Sofia até ao Largo da Portagem.
A novidade deste ano será o regresso da presença de algumas entidades que estarão presentes num palanque na rotunda do Papa. Para além da Reitoria da Universidade de Coimbra e da Câmara Municipal de Coimbra, convidámos os diretores de cada um das faculdades a estarem presentes. Esta presença era uma tradição e segundo a mesma, os carros devem abanar as fitas à passagem pela rotunda e o representante de cada faculdade deve levantar-se e também abanar as suas fitas se as tiver. É uma pequena interação, mas achamos que tem o seu significado e relevância,
Quantos carros vão participar, este ano, no Cortejo?
Este ano vamos ter 102 carros a participar no Cortejo, um número bastante semelhante ao que se registava antes da pandemia e que fomos recuperando.
