Um incêndio florestal na localidade de Castanheira da Serra, freguesia de Fajão (Pampilhosa da serra) revelou as dificuldades existentes nas operações de socorro. Passavam dois minutos das duas da tarde de sábado quando o sino da capela de Castanheira da Serra tocou a rebate para avisar os habitantes de que havia um incêndio florestal bem perto daquela pequena aldeia da Serra do Açor.
As pessoas deixaram as suas casas para se concentrar em segurança no largo central da aldeia. Vários focos de incêndio rodeavam a povoação e as chamas acabariam mesmo por se propagar a uma habitação no interior da povoação, que foi consumida pelas chamas, provocando uma vítima, com queimaduras graves, que teve de ser transportada para o hospital de ambulância.
Este foi o cenário ficcionado que serviu de mote para o simulacro “Castanheira On Fire”. A aldeia está (tristemente) habituada a lidar com incêndios florestais, que ciclicamente assustam a povoação. Mas, como é melhor “prevenir que remediar”, a Comissão de Melhoramentos de Castanheira da Serra decidiu congregar esforços e vontades e levar a cabo um simulacro global no âmbito de proteção e socorro, com o objetivo de testar a resposta da população e das várias entidades (bombeiros, UEPS-GNR e junta de freguesia) em caso de possível sinistro.
No exercício, que teve o apoio da Junta de Freguesia de Fajão-Vidual, estiveram envolvidas cerca de 16 viaturas e 50 operacionais, dos Bombeiros de Pampilhosa da Serra, Coja, Setúbal e do Sul Sueste (Barreiro), da UEPS - Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (GNR), e dos Sapadores Florestais da Junta de Freguesia de Fajão-Vidual.
Para Vítor Lima, presidente da Comissão de Melhoramentos de Castanheira da Serra, «dar a conhecer a aldeia é importante para todos, porque algumas destas entidades são a primeira ajuda em caso de incêndios» e, agora, depois deste simulacro «já têm conhecimento das dificuldades que terão se tiverem de intervir na aldeia».
