Cuca Roseta admite que "Coimbra eterna" era o trabalho «que faltava» na sua carreira. Depois de muitos anos a integrar nos seus espetáculos os mais variados temas da canção de Coimbra, chega o álbum, desde hoje nas plataformas digitais, tratando-se de um disco composto por 14 temas do fado de Coimbra, interpretados pela fadista que se faz acompanhar do Cordis de Paulo Figueiredo (piano) e Bruno Costa (guitarra portuguesa) e de Ni Ferreirinha (baixo). "Coimbra eterna" sobe esta noite pela primeira vez ao palco, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), já depois de uma pequena apresentação do trabalho, em que a fadista de Lisboa por diversas vezes se mostrou apaixonada pelo fado de Coimbra.
«Adoro o fado de Coimbra, identifico-me mesmo muito com o fado de Coimbra», confessou a fadista, explicando que de 14 temas incluídos no álbum apenas dois foram aprendidos de novo. Todos os restantes já fazem parte do repertório da artista que, admitiu, já perdeu a conta às vezes que cantou fado de Coimbra acompanhada pelo Cordis.
“Capa negara, Rosa Negra” ou “Poema para um menino” são dois apenas dos exemplos de um álbum que “respira” Coimbra e os eternos nomes de Coimbra, de Zeca Afonso a Augusto Hilário, Luiz Goes ou Adriano Correia de Oliveira. «São alguns dos temas mais emblemáticos do fado de Coimbra», frisou, confessando o especial gosto por poder dar a voz feminina que este género musical ainda não tem. «Nunca tive medo de fazer as coisas que eu amo», defendeu, admitindo até que pode ser «algo histórico».
