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125 anos de Queima: Voz aos Comissários - Gonçalo Pereira (com vídeo)


Texto de Inês Morais | Imagem de Ferreira Santos Terça, 30 de Abril de 2024

A menos de um mês da Queima das Fitas e para comemorar os seus 125 anos, o Diário de Coimbra inicia hoje uma rubrica em que convida os comissários desta edição a falarem sobre os destaques dos seus pelouros.
 
Quais são as responsabilidades do pelouro da Tradição na Queima das Fitas?
Nós, no fundo, tratamos da organização de todas as atividades de índole tradicional da Queima das Fitas e, desde já, ressalvar que no ano em que se comemoram 125 anos da Queima, mais do que nunca, é importante haver uma preservação deste tipo de atividades.

Quais são os principais eventos com o cunho do pelouro da tradição?
Nós começamos com a récita das faculdades que já foi realizada no dia 11 de abril. Depois uma das grandes atividades e que é o grande expoente, não só na nossa Academia, como a nível nacional, é a Serenata Monumental e que dá início oficialmente à semana da Queima das Fitas. É um evento memorável para a vida de todas e todos os estudantes e nós faremos para que assim seja, porque é um evento que deve ser recordado para o resto das nossas vidas. Passando para outro tipo de atividades, temos o célebre Cortejo dos novos fitados, conhecido apenas como Cortejo da Queima, e durante a manhã desse dia decorre a Queima do Grelo. Por último, o grande destaque do pelouro da tradição é a cerimónia da Benção das Pastas que este ano se realiza nos dias 15 e 16 de junho.

Há atividades que são menos conhecidas do público, quais são elas?
Gostaria de ressalvar uma das atividades, pelo seu cariz solidário e, portanto acho que deveria ter mais projeção. Falamos da Venda das Pastinhas Dr. Elísio de Moura, seguida pela Verbena, e que se realizam no dia após a Serenata, este ano é no dia 24 de maio. Em termos de curiosidade história, é a atividade solidária em continuidade mais antiga do país, uma vez que é realizada desde 1932, e, por isso, acho que os estudantes devem participar mais, assim como toda a academia e a cidade.

A Serenata ainda não tem lugar definido para a sua realização. A Sé Velha está fora dos planos?
Diria que é quase a questão do milhão de euros atualmente na nossa academia. É questionado não só nos corredores da academia, como pela comunicação social, mas de momento não posso prestar declarações quanto a essa situação. A localização da Serenata Monumental está a ser debatida de forma interna e tem em consideração várias questões e nuances, desde a limitação das pessoas, da segurança do público, dos parceiros das entidades públicas que nós obviamente enquanto Comissão Organizadora da Queima das Fitas temos que respeitar. Depois de avaliar este aglomerado de possibilidades é que vamos decidir o local da Serenata com a promessa de que independentemente do local onde seja e com uma Secção de Fado irreverente como temos irá ser uma experiência memorável para todas e todos os estudantes da Academia.

Qual é o maior desafio de organizar uma festa como a Queima das Fitas?
Eu creio que o meu maior desafio é comum a todos os meus colegas aqui da Comissão Organizadora da Queima das Fitas. De facto, temos uma equipa extremamente eclética e, portanto, consideraria quase a equipa como uma espécie de família. E, portanto, costuma-se dizer que isto é uma festa de estudantes para estudantes e eu creio que é essa é a nossa preocupação. Temos de conseguir conciliar os estudos, enquanto preparamos a festa, que sendo tendo a dimensão que tem, acarreta muito tempo de preparação, trabalho árduo, mas creio que todos nós nos esforçamos para levar as coisas a bom porto.
A Queima das Fitas irá cumprir, como tem cumprido sempre nos últimos anos, e irá ser uma festa memorável e queremos, como sempre, que seja melhor do que a edição anterior. É sempre o nosso objetivo.

Veja aqui a entrevista feita pelo Diário de Coimbra.

CCDR Funtos Europeus



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