Memórias de quem fez e faz a história da História da Queima A menos de um mês da Queima das Fitas e para comemorar os seus 125 anos, o Diário de Coimbra inicia uma rubrica em que convida quem fez e faz a história da História da Queima das Fitas a partilhar as suas memórias da maior festa académica do país.
As memórias da Queima das Fitas de Pedro Cabral são bem anteriores aos anos 90 e 93 em que foi Dux Veteranorum. Nascido em Coimbra e com irmã mais velha, que já frequentava os meios académicos são bem mais longínquas as suas recordações desta que é a maior festa académica do país e que Pedro Cabral sempre se habituou a viver de perto.
Fica-se em 1979. Era o primeiro cortejo após um luto académico que durou 10 anos. «Foi a festa de muita gente que não teve Queima durante uma década», partilha. As ruas estavam cheias de gente e Pedro Cabral, então com 15 anos, estava a ver passar carros e estudantes junto ao Académico, na Praça da República. De repente, começa a ver um cordão de atletas do rugby a proteger os estudantes dos antipraxistas, que se juntaram para protestar, e repara num homem, já com uma certa idade que, da janela, ralhava tão veementemente que deixou cair da dentadura... «Nunca mais a viu, porque foi completamente esmagada», ri.