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Proprietário da gare de Coimbra apresentou pedido para loteamento do terreno


Quarta, 24 de Abril de 2024

Os serviços da Câmara de Coimbra receberam um pedido de licença de loteamento para toda a área da gare rodoviária de Coimbra, revelou a vereadora do município com as pastas do urbanismo e transporte.
O proprietário dos terrenos nos quais neste momento funciona a gare rodoviária de Coimbra, situada na avenida Fernão de Magalhães, apresentou um “processo de avaliação de uma operação urbanística de um loteamento para toda aquela área”, afirmou à agência Lusa a vereadora Ana Bastos, quando questionada sobre novos projetos na zona da beira-rio que será servida pelo Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).
A vereadora esclareceu que o processo não implica que o terminal rodoviário seja transformado no curto prazo, mas, face à pretensão do seu proprietário, o município já pediu uma reunião de urgência com a Transdev, que gere e opera aquele espaço, mas que não é proprietária do mesmo.
Ana Bastos frisou que o município, caso o proprietário decida avançar com o processo, irá tentar garantir que a solução só avance depois de concluída a estação intermodal de Coimbra, projetada para a atual Coimbra-B (Estação Velha), no âmbito do projeto da alta velocidade, e que se perspetiva estar concluída em 2030.
“Se autorizo uma operação urbanística antes de termos uma solução, herdamos aqui um problema com o qual não estávamos a contar ter tão rapidamente”, disse a vereadora, admitindo que tem “algumas dificuldades em ver um cenário intermédio provisório”, antes de a estação intermodal estar concluída.
Sem identificar o proprietário, a vereadora reconheceu que a pretensão do proprietário é legítima, mas vincou que o processo encontra-se, por agora, apenas em análise.
“É uma pretensão legítima, avançada pelo seu próprio proprietário e teremos de analisar. Mas não temos informação. Assim que soube da pretensão por parte do proprietário, pedi uma reunião de urgência com a Transdev para perceber as suas pretensões”, aclarou.
Segundo Ana Bastos, o pedido que deu entrada no município prevê a construção de vários prédios naquela área.
Questionada pela agência Lusa, a Transdev afirmou que “não tem qualquer conhecimento de alterações relativas ao funcionamento do terminal rodoviário de Coimbra”.
“Este terminal é uma infraestrutura crítica e essencial na cidade, movimentando anualmente mais de um milhão de passageiros”, vincou fonte oficial da empresa.
A vereadora referiu que já há poucos “espaços expectantes” na zona da frente ribeirinha que, no âmbito do SMM, deixará de ter a ligação ferroviária, esperando-se que a Infraestruturas de Portugal possa também em breve reformular o projeto para os seus terrenos junto à Estação Nova e “formalizá-lo perante a Câmara de Coimbra” (o processo tinha sido suspenso para estar em consonância com o Plano de Pormenor da Estação Intermodal).
Em simultâneo, decorre um outro processo de construção de um edifício de habitação numa parcela entre a rua dos Oleiros e futuro canal do SMM, cujo pedido de informação prévia obteve deferimento condicionado, aprovado na reunião do executivo de 15 de abril, informou.

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