O presidente da Escola Superior Agrária de Coimbra partilhou ontem algumas preocupações com a comunidade académica, nomeadamente, e à cabeça, a redução do número de alunos. Ao discursar na sessão comemorativa dos 137 anos da ESAC, Rui Amaro registou a redução do número de estudantes em todos os ciclos de estudo, apesar da melhoria de procura no Concurso Nacional de Acesso (CNA).
Atualmente com 1.200 alunos, a ESAC estará a ser penalizada pela redução do número de vagas no CNA, pelo aumento generalizado da oferta formativa (por impulso do Plano de Recuperação e Resiliência) ou ainda pelo aumento do abandono escolar ao primeiro ano ou por uma menor taxa de retenção. De acordo com o docente, a redução afeta mais as áreas de turismo, biotecnologia e florestas.
Enquanto não se conhecem os resultados da candidatura apresentada ao PRR pelo Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) para medidas de redução do abandono escolar, a ESAC avançou com o processo de criação de duas novas licenciaturas para 2024/25 (Agronomia e Zootecnica)
Nos cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP) está a funcionar o novo, de ”Controlo e Qualidade na Indústria Agroalimentar”, assinalou, ao explicar que tentou-se abrir o de “Operações Florestais”, na Escola da Floresta na Lousã, mas o reduzido número de candidatos inviabilizou o funcionamento. Há ainda a possibilidade de se avançar em Anadia com um curso (“Vitivinicultura Sustentável”), mas só se houver alunos que justifiquem economicamente o funcionamento.
Ainda na temática do ensino, o presidente da Agrária apontou, entre outros destaques e quando falava de mestrados, a possibilidade de «reingresso de alunos a quem falta apenas o estágio», tirando partido de medidas previstas no PRR Impulsos.
A sessão comemorativa decorreu no picadeiro, espaço único que simboliza o passado, presente e, espera-se, o futuro da ESAC
