«Sr. Arnaldo, se fosse hoje, voltava a investir em Coimbra?». À pergunta do chef Paulo Queirós, Arnaldo Baptista, das pastelarias Vasco da Gama e da Praxis, não hesita nem por um segundo em responder afirmativamente.
E, se Coimbra «é a melhor cidade do mundo para se viver», é também «uma boa cidade para se investir», refere o convidado de Paulo Queirós na segunda conversa do ciclo “À mesa com...”, que assinala os 10 anos do restaurante Cordel.
À mesma mesa, duas figuras da área da restauração que têm levado longe o nome de Coimbra, num almoço a que se juntou também Pedro Baptista, com a certeza de que «há mais do que motivos para nos orgulharmos da cidade»
Falta ainda algum «bairrismo». Ou seja, recorrendo a uma linguagem futebolística, é importante que se comece a gostar primeiro da Académica ou do União, e só depois do Benfica, do Porto ou do Sporting, defende o empresário da Praxis.
Para um futuro mais risonho, impõe-se desburocratizar, defendem. «Pese embora as entidades, enchendo a boca com simplex para a esquerda e simplex para a direita, continua a haver muita coisa para fazer, nomeadamente, banirmos todo um conjunto de burocracias perfeitamente inúteis, que só funcionam para afastar e criar desânimos», refere Arnaldo Baptista.
Na opinião de Paulo Queirós, urge também que «as pessoas gostem mais da própria cidade». Não se trata de falta de paixão, mas da vontade de se envolverem nas causas.