No XIX capítulo, a Confraria da Lampreia ousou fazer diferente e não há lampreia para ninguém. «Uma confraria não se esgota na gastronomia, tem de ir mais além e ser uma voz ativa na defesa da espécie que está na sua génese». As palavras são de Fábio Nogueira, responsável da Confraria.
Garantidamente, vai ser um capítulo diferente e especial. «Decidimos que não vamos servir lampreia, que é um bem escasso neste momento», adianta, sublinhando a preocupação com a sustentabilidade da espécie. «Somos defensores da gastronomia com base na lampreia, mas temos de ir mais além e defender a ecologia», diz ainda.
O programa começa no Mosteiro de Lorvão, com a receção das 36 confrarias e pequeno-almoço no Claustro Superior. O desfile conta com a participação da Filarmónica Boa Vontade Lorvanense e, depois da fotografia de família, assiste-se à entronização de novos confrades, junto ao afamado cadeiral. A Escola de Artes de Penacova encerra a cerimónia, com um momento musical. Segue-se o almoço, servido na Quinta do Vale Pousado, na Aveleira. O tradicional arroz de lampreia não existe hoje. Mas há uma alternativa, por sinal bem saborosa e imaginativa. «Vamos servir a lampreia dos pobres», diz Fábio Nogueira. Um prato confecionado com cavala e um novo desafio para testar o paladar dos confrades
