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Residência de estudantes avança na Baixa


Quarta, 03 de Abril de 2024

A Câmara subscreveu uma operação de aumento de capital do fundo imobiliário Coimbra Viva, no valor de 2,8 milhões de euros, permitindo agora àquela entidade avançar com a construção de uma residência de estudantes na Baixa.
«A Câmara de Coimbra subscreveu, na passada quinta-feira, uma operação de aumento de capital no fundo especial de investimento imobiliário fechado em reabilitação urbana Coimbra Viva, com subscrição em espécie pelo município no valor de 2.829.000 euros, para financiamento da construção do projeto da residência de estudantes no quarteirão da Nogueira», na Baixa da cidade, anunciou ontem a vereadora com o pelouro da habitação e urbanismo, Ana Bastos, durante a reunião do executivo.
O aumento de capital era essencial para se avançar com a residência de estudantes, cujos custos ascendem a cerca de 4,2 milhões de euros, «o qual não é passível de ser integralmente suportado, nem com os atuais capitais próprios [do fundo], nem com recurso ao endividamento», aclarou.
O processo de capitalização permite «avançar com a empreitada da residência de estudantes, contribuindo para a reabilitação, dinamização e vivificação da Baixa e, simultaneamente, aumentar a capacidade de endividamento do fundo», sublinhou Ana Bastos.
Segundo a vereadora, esta capitalização permitirá também suportar o custo com a conclusão de outros projetos de reabilitação na Baixa por parte do Coimbra Viva.
Questionada pela agência Lusa à margem da reunião, Ana Bastos esclareceu que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) não subscreveu o aumento de capital e, com esta operação, o município passa a deter 72,58% do fundo imobiliário, ao invés dos anteriores 56% antes da capitalização.
O aumento de capital foi desbloqueado depois de, em janeiro, ter sido viabilizado a contração de um empréstimo por parte do município para poder proceder à capitalização do Coimbra Viva.
Em junho de 2023, a sociedade gestora do fundo, a privada FundBox, tinha referido à Lusa que o fundo conta com 27 imóveis em carteira, dos quais nove estavam já reabilitados à data e outros nove licenciados ou em licenciamento.
O fundo, criado em 2011 para atuar numa zona delimitada da Baixa, tem como participantes institucionais a Câmara de Coimbra e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e é gerido pela sociedade privada FundBox, permitindo também a participação de investidores privados e detentores de imóveis.
Depois de ter arrancado a atividade com 17 imóveis, o fundo tem atualmente em carteira 27 imóveis, espalhados pelas ruas da Moeda, Direita, João Cabreira, Nogueira e Pedro Olaio, que estão avaliados em 4,5 milhões de euros.

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