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18 espécies de árvores e arbustos identificadas na EB da Solum (com fotogaleria)


Andrea Trindade (texto e fotos) Quinta, 21 de Março de 2024

A Escola Básica (EB) da Solum assinalou de forma muito especial o Dia Internacional das Florestas. Localizada no coração da cidade, tem o privilégio de reunir no seu campus escolar 18 espécies distintas de árvores e arbustos e hoje foi dia de as identificar a todas, com os alunos a colocarem placas de madeira de madeira em cada uma delas e a explicar aos colegas um pouco mais sobre a sua origem, as suas características e importância no ecossistema.
A ideia já vem de antes da pandemia e nasceu aquando da comemoração dos 60 anos da escola, conhecida como “Anexas”. De volta das atas e registos antigos, professoras e responsáveis do Agrupamento Eugénio de Castro descobriram que as amoreiras do recreio vêm dos primórdios do estabelecimento de ensino. Esta espécie tão característica da escola – que ainda hoje há quem ali passe para pedir folhas que alimentem os bichos da seda – deu o mote para catalogar todas as outras.
Com a colaboração do botânico e professor catedrático Jorge Paiva – que a escola faz questão de revelar -, identificaram-se as amoreiras (Morus nigra), o plátano (Platanus hispânica), as laranjeiras (Citrus aurantium), a conteira (Melia azedarach), a acácia de Constantinopla (Albizia julibrissin), o hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), a alfazema (lavandula angustifolia) e outras mais espécies, num total de 18 distintas, com as quais alunos do 1.º ao 4.º ano convivem diariamente.
Branca Isidoro, coordenadora da EB Solum, explicou ao nosso jornal que cada uma das 11 turmas da escola ficou encarregue de pesquisar sobre uma ou mais espécies de árvores ou arbustos. A Associação de Pais e Encarregados de Educação juntou-se à iniciativa, contribuindo com a preparação das placas identificativas em madeira, e o Dia Internacional das Florestas, que hoje se assinala, foi aproveitado para as colocar.
Aquando da visita do Diário de Coimbra, os alunos das diferentes turmas ensaiavam a leitura das suas pesquisas junto da respetiva espécie. De seguida, viriam os outros colegas, para os ouvir e aprender um pouco mais sobre cada uma delas. «É uma maneira diferente de festejar o Dia da Árvore e de trabalhar o assunto dentro da sala de aula», referiu Branca Isidoro, notando que conhecer é o melhor caminho para proteger a natureza.
Os alunos do 2.º C, por exemplo, identificaram a romãzeira, que está muito bem instalada, entre os canteiros preparados pela associação de pais para mais cultivos e atividades de mãos na terra. A aluna Maria explicou – e voltará a fazê-lo para outros colegas – que esta pequena árvore ou arbusto mediterrânico é uma resistente, resiste à seca e adapta-se a terrenos de fraca qualidade. A romãzeira só começa a produzir frutos no terceiro ano de vida, atingindo a plena produção por volta os 11 anos. As romãs, de numerosas sementes rodeadas de polpa rosa, desenvolvem-se de setembro a novembro e a sua árvore pode viver até aos 100 anos, leu a Maria.
Izalina David, adjunta da direção do Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro, também acompanhou a ação. «É sem dúvida um privilégio ter uma escola com um espaço exterior desta dimensão e com estas espécies que acabam por ser também fonte de estudo», referiu ao nosso jornal.


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