A extensão da ciclovia de Coimbra à Solum- Eixo Alto de S. João Cidral vai implicar a desclassificação da Estrada da Beira da sua função automóvel, privilegiando modos de mobilidade suave. O objetivo, segundo a vereadora Ana Bastos, não é abolir a circulação dos carros, mas antes coloca-los num só sentido, pelo menos em algumas zonas da Estrada da Beira dentro do perímetro urbano, de forma a libertar espaço para outros usos, como pedonal e ciclável.
«O objetivo é, com estes cortes que estamos a impor, evitar que esse atravessamento seja possível e com isso estamos a incentivar as pessoas a usar as circulares à cidade, neste caso, a avenida Fernando Namora que foi construída exatamente para estes movimentos interzonais exteriores», afirmou a vereadora da mobilidade, à margem da sessão de apresentação do projeto e da Rede de Vias Cicláveis, que decorreu na Escola EB 2/3 Alice Gouveia.
Em fase de estudo prévio, a ciclovia da Solum só avançará quando estiverem concluídas as obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) o que, segundo a vereadora, só deverá acontecer no final do próximo ano. Além disso, depende igualmente de financiamento comunitário que se venha a conseguir, tendo em conta que está em causa um investimento na ordem dos 2,8 milhões de euros, «um valor muito alto que não é comportável por uma autarquia», destacou a vereadora.
A Ciclovia da Solum assume-se como uma das prioridades do Plano Ciclável de Coimbra, assim como a ciclovia de Eiras, uma obra em curso, e a futura ciclovia de ligação entre o Polo I da Universidade de Coimbra, Rua de Tomar e Celas.
