A sede da Junta de Freguesia de Ereira é o ponto de encontro. É lá que, às sextas-feiras à noite, um grupo de mulheres residentes na freguesia e não só se reúne num encontro semanal de convívio, que já deu muitos frutos para a comunidade. Recorde-se a árvore Natal criada com cerca de 700 quadrados em croché, que já deu um brilho especial ao jardim nos dois últimos natais, mas também, mais recentemente, as colchas que fizeram para o lar, a partir de pedaços de tecidos.
«Éramos um grupo que se reunia, semanalmente, para aprender a pintar», recorda Isilda Contente. Com a pandemia, tiveram de suspender o encontro, até que, quando foi possível, decidiram que tinham de retomar a dinâmica das sextas-feiras. «Sentimos necessidade de nos juntarmos, de partilharmos ideias e combinámos voltar» para «partilhar os nossos saberes e fazer qualquer coisa de diferente», explica Isilda Contente.
Surgiu a ideia de fazerem a árvore e foram meses de trabalho, durante muitas noites e ajudas de muitas pessoas. Também já fizeram peças em renda para decorar as árvores da via pública e, quando surgiu a ideia de fazer as colchas – foram 25 – para a instituição, rapidamente, a comunidade aplaudiu e envolveu-se no desafio.
«Em setembro, tínhamos as colchas quase todas feitas. Como há a Feira do Ano, fizemos algo mais barato para vender para reverter a favor do lar», explicam, realçando que com a venda de sacos, pegas e carteiras conseguiram angariar 1.900 euros.
Por ali, o trabalho é em equipa. Se umas se “desenrascam” melhor nas máquinas de costura, há quem seja “expert” no corte ou a passar a ferro e não podem faltar as designers.
Quando o Diário de Coimbra visitou este grupo de mulheres de Ereira em plena noite de criação, aquecida por café à moda antiga e doces sabores preparados com o mesmo carinho com que se dedicam ao projeto, foi-nos confidenciado que já há uma nova ideia no ar.
