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Riscos relacionados com calor extremo colocam Portugal e sul da Europa em níveis críticos


Segunda, 11 de Março de 2024

Os riscos referentes ao calor extremo, como exposição a incêndios florestais e à seca, já estão em «níveis críticos» em Portugal e outros países do sul da Europa, conclui a Agência Europeia do Ambiente num estudo ontem publicado.
«Algumas regiões da Europa são pontos críticos de múltiplos riscos climáticos. O sul da Europa está particularmente exposto ao risco de incêndios florestais e aos impactos do calor e da escassez de água na produção agrícola, no trabalho ao ar livre e na saúde humana», refere a Agência Europeia do Ambiente (EEA) na primeira avaliação europeia sobre os riscos climáticos.
No relatório, que identifica 36 riscos climáticos na União Europeia (UE), é indicado que «os riscos relacionados com o calor já atingiram níveis críticos no sul da Europa», dadas as elevadas temperaturas «mais frequentes e mais intensas» nesta região, que abrange países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia.
Dados da EEA apontam que três dos oito riscos na categoria de urgência máxima atingem elevada gravidade no sul da Europa, estando em causa fenómenos como vagas de calor e seca.
«Este aquecimento [atmosférico], bem como os seus efeitos mais potentes nos grupos mais idosos, expõe uma maior parte da população ao “stress” térmico, especialmente no sul e no centro-oeste da Europa», acrescenta a agência europeia.
No verão de 2022, por exemplo, entre 60 mil e 70 mil mortes prematuras na Europa foram atribuídas ao calor, apesar dos investimentos consideráveis em planos de ação sanitários relacionados com o calor.
«As temperaturas mais quentes também facilitam o movimento para norte dos vetores de doenças e a sua propagação para altitudes mais elevadas. O sul da Europa está agora suficientemente quente para que os mosquitos transmitam doenças anteriormente tropicais», alerta a agência europeia.
A Europa é o continente que regista o aquecimento mais rápido do mundo.

CCDR Funtos Europeus



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