A Associação Académica de Coimbra (AAC) vai realizar um estudo sobre emigração jovem, tendo como base a realidade dos estudantes da Universidade de Coimbra (UC) como forma de «perceber as intenções dos estudantes e recém-diplomados face à possibilidade de abandonar o país nos próximos 10 anos».
O mesmo foi anunciado ontem, em comunicado, pela Direção-Geral da AAC. «É preocupante ver no futuro do nosso país uma realidade social em que um em cada três jovens pretende abandonar o país», avança Renato Daniel, presidente da DG-AAC, citado no documento, considerando «urgente o desenvolvimento de políticas atrativas para os jovens, de modo a fixá-los no nosso país».
No fundo o estudo, que se baseia na realidade dos estudantes da Universidade de Coimbra poderá ser a base que permita explicar - e reverter - uma tendência atual em Portugal, sublinhada no documento da AAC.
«Atualmente, Portugal, tem a taxa de emigração mais elevada da Europa e uma das maiores do mundo, a vaga contínua de saídas ao longo das últimas décadas engrossou o número de portugueses no estrangeiro», sublinha o documento, acrescentando que «os mais recentes dados disponíveis, revelam uma “recessão demográfica” nacional em muito ampliada pela emigração». De acordo com o comunicado «70% da população portuguesa a residir no estrangeiro, situa-se entre os 15 e os 39 anos», o que é revelador daquela tendência. com destaque para a emigração jovem em Portugal.
«Conforme referido pelos meios de comunicação, três em cada dez jovens nascidos em Portugal decidiram emigrar, mais de 850 mil nascidos em Portugal com idades entre os 15 e os 39 anos optou por viver e trabalhar fora do país», um número bastante alto notado pelo Observatório da Emigração.
Quanto ao estudo, ontem anunciado, e de acordo com declarações de Renato Daniel ao Diário de Coimbra, o estudo precisa ainda de alguns trâmites para ser iniciado, no entanto, assim que tal aconteça os resultados serão anunciados em um mês, um mês e meio.|
