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Biblioteca municipal perpetua nome de Santarém Andrade


Domingo, 10 de Dezembro de 2023

No encerramento das comemorações do centenário, a Biblioteca Municipal de Coimbra prestou ontem homenagem ao antigo diretor Carlos Santarém Andrade, falecido este ano, dando o seu nome à sala de leitura. Na sessão, que incluiu um debate, ficou a ideia de que será cumprido o desejo de Santarém Andrade, que queria a Casa da Cultura toda dedicada à biblioteca. Até porque, como ficou vincado, falta espaço e corre o risco de “implodir”.
A ideia de descerrar uma placa e dar o nome de Carlos Santarém Andrade à sala de leitura partiu dos funcionários, sublinhou Francisco Queirós. Pessoa «querida» na Biblioteca, diretor durante 13 anos, «foi um ilustre cidadão, muito importante para a cultura», elogiou o vereador com o pelouro das Bibliotecas e Arquivos.
Descerrada a placa por duas netas de Santarém Andrade, com ajuda do vereador e do presidente da Câmara (estando também presente na homenagem Maria José Afonso Ribeiro Santarém Andrade), Francisco Queirós debruçou--se sobre a história da biblioteca, inaugurada em dezembro de 1922, mas pensada deste 1910, lembrando José Pinto Loureiro (primeiro diretor e impulsionador do depósito legal) e também Joaquim Martins de Carvalho, diretor do jornal O Conimbricense, que se bateu pela criação da biblioteca.
Do passado para o presente/futuro, adiantou que continua em curso o processo de desmaterialização da biblioteca, abrangendo «um vasto conjunto de documentação». Digitalizado o jornal Observador, falta apenas 20% d´O Conimbricense (sequência do primeiro, fundado em 1954 e extinto em 1907), «fundamental» para o estudo de Coimbra e da sociedade portuguesa, assinalou Francisco Queirós, ao revelar que será disponibilizado a 9 de junho de 2024, Dia Internacional dos Arquivos, ficando acessível em qualquer parte do mundo.
No âmbito do centenário foram ainda retomadas as edições do Arquivo Coimbrão, com duas publicações, após 12 anos de interregno, referiu o vereador, ao sublinhar que a biblioteca, que tem servido leitores, munícipes e investigadores, «cresce todos os dias e precisa de espaço, de melhores instalações».

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