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Cordas Soltas celebra 40 anos de um dos grupos da SF/AAC “com mais bagagem”


Sexta, 01 de Dezembro de 2023

A Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC) apresentou ontem o “Cordas Soltas”, um evento organizado pelo Grupo de Cordas da secção, focado na sonoridade dos instrumentos cordiformes na música tradicional portuguesa. O espetáculo pretende comemorar os 40 anos do grupo, que se encontra agora em fase de reativação. O evento está marcado para o dia 6 de dezembro, quarta-feira, pelas 21h30, no Teatro Académico Gil Vicente (TAGV).
António Martins, membro do Grupo de Cordas, declara que «40 anos [de existência] é um número que pede uma atenção especial». Por essa razão, esta iniciativa, que descreve como «algo com mais substância» e que «remonta às origens», enquadra-se como uma renovação de «um dos grupos com mais bagagem da SF/AAC». Desta forma, o objetivo é que este espetáculo «celebre a corda como um elemento unificador da música tradicional portuguesa».
Para além do Grupo de Cordas, esta iniciativa conta ainda com a participação da Orquestra Típica e Rancho da SF/AAC e do Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC). Segundo António Martins, é a primeira vez, dentro da SF/AAC, que se faz um evento «com este grau de promiscuidade musical (…) onde não se percebe onde acaba um grupo e começa outro». Foram ainda convidados músicos da Brigada Vitor Jarda e a Colmeia. Os bilhetes para o evento já estão disponíveis no site do TAGV por cinco euros.
O presidente da secção, Diogo Ferreira, reforçou que há quem tenha a «perceção errada» que a música tradicional e, por extensão, a SF/AAC e os grupos que a compõem «permanecem no passado». António Martins vai ao encontro destas declarações quando diz que este género é visto como «inalterado», ou como um «museu». O membro do grupo opõe-se a estas opiniões e sente, aliás, que tem visto um número de jovens a interessar-se neste tema, o que acredita ser «um bom sinal».
Nesta vertente, na perspetiva de Diogo Ferreira, à medida que o número de estudantes no Ensino Superior cresce, o interesse no associativismo e, consequentemente, na SF/AAC, tem diminuído. Contudo, frisa que, em resposta a esta tendência, o órgão que coordena quer adaptar-se, captar público e novos colaboradores para «manter-se vivo».

CCDR Funtos Europeus



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