Um homem de 47 anos vai em breve ser julgado por um crime de violência doméstica, um crime de coação agravada, de forma tentada, um crime de furto e um crime de dano, sendo a vítima a mulher com quem viveu, em Coimbra. O arguido encontra-se em prisão preventiva.
De acordo com o Ministério Público, durante o tempo de vida em comum, o acusado maltratou física e psicologicamente a mulher, tendo já sido, por isso mesmo, condenado em dezembro de 2015 a três anos de pena efetiva. Meses depois de sair da cadeia, em 2020, voltou a residir com a vítima, continuando a matratá-la física e psicologicamente, ameaçando-a que lhe “fazia a vida negra” ca¬so ela o mandasse embora de ca¬sa. Ao longo dos anos, o arguido foi saindo e voltando, por períodos, à residência, onde a ofendida morava com o filho menor, fruto de uma relação anterior.
O texto da acusação dá conta de agressões físicas - chapadas e socos no rosto, pontapés -, agressões verbais e ameaças, presencialmente ou em chamadas, tendo-se deslocado até ao seu local de trabalho. Na sequência de uma agressão em janeiro deste ano, a mulher sofreu lesões que afetaram por cinco dias a sua capacidade para o trabalho.
O Ministério Público entende que o homem, atualmente em prisão preventiva, «atuou sempre querendo afetar, como afetou, o bem-estar físico, psíquico, tranquilidade, honra e dignidade» da mulher que foi sua companheira, fazendo-a «temer pela segurança, pela vida e integridade física».|