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Universidade de Coimbra cria plataforma para tornar call centers mais eficientes


Segunda, 24 de Julho de 2023

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram uma plataforma que pretende criar mecanismos de suporte a trabalhadores de centros de contacto para que sejam mais eficientes nas suas tarefas.

O projeto Flowance, do Departamento de Engenharia Informática (DEI) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), liderado pela empresa Talkdesk, e que tem como parceiro o Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), pretende prestar assistência a profissionais de ‘call center’, tanto em tempo real, como numa fase de auditoria.

A plataforma pode suportar o ajuste de procedimentos num centro de contacto, incluindo alterações a sistemas de atendimento automáticos, ou mesmo ao nível dos recursos humanos e da sua orientação, salientou Hugo Oliveira, investigador do CISUP, citado num comunicado da Universidade de Coimbra.

Segundo o mesmo responsável, a análise feita pode também ajudar a guiar os intervenientes numa conversa, em tempo real, adiantando que, ao monitorizar a conversa, conseguirão antecipar as interações seguintes, e, provavelmente, tornar o contacto mais eficiente.

A plataforma utilizou um conjunto de diálogos para determinar os fluxos mais comuns das conversas e Hugo Oliveira referiu que a expectativa é a de que essas dinâmicas ofereçam uma forma alternativa de analisar as conversas e que, complementados pela sua visualização, permitam identificar tendências na comunicação, tais como situações inesperadas, bloqueios, pedidos de informação e respostas mais comuns.

O projeto Flowence já terminou, mas a equipa continua a trabalhar na solução inovadora de assistência a profissionais de centros de atendimento no âmbito do projeto Center For Responsible AI, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Estamos a tentar melhorar as formas de visualizar os fluxos de conversas, incluindo uma melhor identificação do que cada estado do diálogo representa. Pretendemos também considerar os sentimentos predominantes (positivo/negativo) em diferentes fases dos diálogos. Por exemplo, o ideal é que diálogos que comecem com queixas/reclamações terminem com um sentimento mais positivo”, explicou Hugo Oliveira, citado na mesma nota enviada à agência Lusa.

Segundo o investigador, o foco na nova fase está na utilização destes métodos para extrair fluxos e ajudar a explicar o funcionamento de agentes conversacionais (chatbots) que não se baseiam em fluxos predefinidos, como o ChatGPT, contribuindo assim para uma maior confiança na sua utilização ou, de uma forma geral, auditar conversas, que podem ter como origem centros de contacto/apoio ao cliente.

Do CISUP, que desenvolve a nova ferramenta, fazem parte, além de Hugo Oliveira, Catarina Silva, Ana Alves, Nuno Lourenço e Patrícia Ferreira.

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