Envelhecimento e doenças neurodegenerativas foi o tema da palestra que o médico, neurocientista e professor universitário Miguel Castelo-Branco deu esta quarta-feira na Biblioteca Municipal de Cantanhede, no âmbito de mais uma sessão das Tardes Comunitárias.
Perante uma plateia que esgotou o auditório da biblioteca, maioritariamente composta por participantes habituais daquele programa de animação sociocomunitário, mas também com profissionais de Instituições para Idosos e alguns estudantes, o prestigiado investigador alertou para a importância do diagnóstico precoce das doenças neurodegenerativas, tendo destacado a importância de exercitar o cérebro ao longo da vida.
“Ler e ter atividade mental protege muito o cérebro, daí a importância de promovermos o envelhecimento ativa”, enfatizou, lembrando que, desta forma, “o nosso cérebro está a criar reservas para enfrentarmos o envelhecimento”.
Já sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças como a Alzheimer e Parkinson, Miguel Castelo-Branco deu conta de que “a deteção de problemas numa fase inicial permite reabilitar e prevenir danos maiores no cérebro”, ainda que não existam medicamentos curativos. “A imagiologia veio dar-nos uma ideia precisa daquilo que se passa no cérebro, que vai mudando antes e depois do diagnóstico. No fundo, ele tenta adaptar-se à doença e embora se torne mais lento, também fica mais sábio”, explicou.