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Montemor convida apreciadores da boa mesa

Festival decorre neste fim de semana e no próximo, na tenda instalada no Largo da Feira. Há arroz de lampreia para os devotos da iguaria, mas com necessidade de reversa prévia, seja nas tasquinhas, seja nos restaurantes

Montemor-o-Velho prepara-se para viver mais um momento intenso, de bons sabores, num encontro à mesa. É o Festival do Arroz e da Lampreia, que decorre neste fim de semana – 14, 15 e 16 - e no próximo - 21, 22 e 23 - numa tenda com 4.200 metros quadrados instalada no Largo da Feira, na sede do concelho, ou ao longo de todo o mês nos sete restaurantes que aderiram ao evento.

Um evento com a assinatura do município, este ano na sua 23.ª edição, que se afirma como «um marco importante no contexto concelhio e regional». Isso mesmo sublinhou Emílio Torrão, presidente da Câmara Municipal, hoje, na apresentação do evento. Um certame com «profundas raízes no concelho», que «marca toda a gente, afirmando-se como um ponto de encontro de famílias, amigos e mesmo de negócios». «Quem vem regressa e traz a família e os amigos», salientou o autarca.

Um festival onde o arroz carolino do Baixo Mondego é, efetivamente, «o mestre de cerimónias». «É a âncora deste festival, um ingrediente ao qual tudo se pode juntar, com a garantia de sucesso. Já sobre a lampreia, a “conversa” é outra, diga-se. Isto porque, como sublinhou Emílio Torrão, se trata, cada vez mais, de um «recurso escasso» e que, como tal, tem de ser consumido com parcimónia.

«Não somos hipócritas», disse Emílio Torrão, assumindo que há pouca lampreia, mas existe e, independentemente do preço elevado que possa atingir, a verdade é que é confecionada e consumida em Montemor, na Figueira da Foz ou em Penacova. Por isso, mais vale fazê-lo no Festival, com a garantia de que se trata de lampreia “legal”, o que não significa que possa ser importada (o mais certo, sublinhe-se), e consumida de forma “doseada”. Aliás, já no ano passado o festival assumiu a “receita” de servir meias-doses, num convite aos sentimentos de partilha e de degustação. Acima de tudo, e o autarca foi claro no apelo feito aos apreciadores, sobretudo aqueles que percorrem quilómetros e quilómetros para saborear o tão afamado arroz de lampreia, no sentido de assegurarem previamente a respetiva reserva, seja nas tasquinhas, seja nos restaurantes, de forma a evitar surpresas desagradáveis.

Mas a lampreia, este «bem escasso» que continua a dar o nome ao festival, é apenas um dos muitos atrativos do certame. O autarca lembra que, há anos a esta parte, o festival alargou o seu leque e, mantendo o arroz como âncora, estendeu o seu universo aos produtos do campo e do rio, o que aumenta exponencialmente a oferta disponível. Uma ementa onde cabem as enguias, o peixe do rio frito, o arroz de cabidela, o arroz de feijão com pataniscas, as hortícolas e muitos petiscos, para já não falar na doçaria tradicional. Aqui, o arroz doce domina e os fãs desta iguaria acabada de preparar, quentinha, têm um verdadeiro “santuário” à sua espera, nos dias 15 e 23, entre as 15h00 e as 18h00. Não faltam as queijadas de Pereira, os pastéis de Tentúgal e as pinhas de Montemor para completar o cardápio das doces tentações.

São cinco tasquinhas, três petisqueiras, seis stands de doçaria e sete bares, a que se juntam 15 bancas de artesãos e produtos endógenos e 16 stands institucionais, de comércio e serviços, elencou o vereador Décio Matias, coordenador do festival, que apontou, igualmente, os dois palcos onde vão desfilar os grupos e artistas do concelho e nomes de projeção nacional. Destaque para Saúl e Unerice, no dia de estreia, para Sempre Marco (dia 15), Marotos da Concertina (16), Mimicat e Jabalizes (22) e Sax & Companhia (dia 23). Atenção especial para a Noite Concelhia do Fado, dia 21, um programa em estreia e que representa a resposta da organização a um pedido dos artistas e da comunidade local. Aos Dj’s compete animar a noite.

Não falta um espaço para os mais novos, a Morlândia, onde as crianças podem ficar, tranquilamente, entregues a um conjunto de atividades lúdicas, divertidas e pedagógicas, enquanto os pais visitam o certame. Os mais novos, entre os 6 e os 12 anos, são também desafiados a descobrir o seu talento para a cozinha, no espaço MiniChef.

O Festival do Arroz e da Lampreia abre sexta-feira, às 19h00, com a promessa de muitos e bons momentos e sabores.

Março 11, 2025 . 20:30

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