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Portugal continua a ser o país da Europa com mais insegurança rodoviária
O presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) lamentou hoje que Portugal continue a ser "o país da Europa com mais insegurança rodoviária” e apelou ao Governo para aprovar ainda este ano a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária.
Rui Ribeiro, que lidera a ANSR há quase seis anos, aproveitou a apresentação da campanha de Natal e Ano Novo 2024/2025 “Festas MAIs Seguras”, para salientar que a redução da sinistralidade rodoviária não se consegue com campanhas de sensibilização e de fiscalização, sendo necessário uma mudança de estratégia.
O presidente da ANSR avançou que foi entregue ao Governo no final de 2022 a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária - Visão Zero 2030, que tem como meta a redução em 50% do número de mortos e feridos graves na estrada até 2030, apelando à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e ao secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, para que aprovem este documento que “tanta falta faz” ao país.
Rui Ribeiro explicou que em 2021 a ANSR chamou um conjunto de peritos internacionais e nacionais e definiu uma estratégia que passou por “olhar ao que se faz na Europa e adaptá-la à realidade nacional e esquecer completamente aquele que era o paradigma até agora”.
“Com campanhas e fiscalização não vamos lá”, disse, referindo que “nunca se fiscalizou tanto e tão bem em Portugal como nos últimos tempos”, além de existirem campanhas.
Segundo Rui Ribeiro, nos primeiros sete meses de 2024 a fiscalização aumentou 80% face ao mesmo período de 2023 e duplicou entre 2019 e 2023.
“Essa fiscalização teve um dos objetivo atingidos que foi a taxa de fiscalização e a taxa de infratores. Em termos de fiscalização podemos dizer que Portugal está a funcionar muito bem e a cumprir o seu propósito e a ser dissuasor. Todos os indicadores mostram que há um sucesso na fiscalização”, disse, lamentando que não tenha sido alcançada a diminuição da sinistralidade rodoviária.
De acordo com o presidente da ANSR, está estimado que de 2017 até hoje cerca de 5.000 pessoas morreram nas estradas portuguesas e mais de 19.000 ficaram gravemente feridas.
Nesse sentido, salientou, é fundamental a aprovação da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária que é baseada em cinco princípios: “Utilizadores seguros, veículos mais seguros, infraestruturas mais seguras, velocidade mais segura e intervenção após acidente.
“Portugal não pode ser considerado um dos países mais seguros do mundo enquanto for dos países com maior insegurança rodoviária a nível europeu”, disse ainda.