Carolina Pereira (UC) e Pedro Leitão vencem Prémio Victor de Sá de História Contemporânea
Os investigadores Carolina Henriques Pereira (Universidade de Coimbra) e Pedro Almeida Leitão (Universidade do Porto) ganharam o Prémio Victor de Sá de História Contemporânea 2024, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a Universidade do Minho refere que foi ainda atribuída uma menção honrosa a André Carvalho (Universidade de Lisboa).
Atribuído pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho, o prémio destina-se a jovens investigadores de História Contemporânea em Portugal, estando a entrega agendada para 11 de dezembro, em Braga.
Carolina Henriques Pereira foi distinguida pela tese “Escapando à guerra e ao holocausto através de Portugal: refugiados nas zonas de ‘residência fixa’ da Região Centro (1940-1946)”.
O trabalho detalha como, na sequência da II Guerra Mundial, o país recebeu centenas de refugiados judeus e não judeus, sobretudo em infraestruturas de localidades termais e balneares do centro, que nesse período tinham perdido muitos turistas, designadamente Buçaco, Caldas da Rainha, Coimbra, Curia, Ericeira, Figueira da Foz e Luso.
Pedro Almeida Leitão foi premiado pela obra “Marcas registadas em Portugal (1883-1933)”.
Nesses 50 anos iniciais do registo de marcas no país, percorre-se as estratégias comerciais dos setores que as adotaram, sobretudo o setor vinícola, que contribuiu para a defesa internacional das denominações de origem, garantindo proteção perante abusos do mercado.
A menção honrosa coube a André Carvalho e à tese “Correspondência de Assis Gonçalves para Salazar: a reinvenção de um tenente do ‘28 de maio’ e do ‘partido militar’ no pós-guerra”.
O estudo analisou as cartas do primeiro secretário de Salazar desde quando foi aluno deste, bem como a sua capacidade no centro da intriga e conspiração política durante mais de 40 anos, ajudando a consolidar o poder do Estado Novo.
O Prémio Victor de Sá de História Contemporânea foi instituído há 33 anos, com base numa doação do professor e historiador Victor de Sá (1921-2004), sendo reconhecido como de manifesto interesse cultural pela Secretaria de Estado da Cultura e apoiado também por mecenas públicos e privados.
Em edições anteriores, foram premiados investigadores como Fernanda Rollo, José Neves, Miguel Cardina e Cláudia Ninhos.