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ULS de Coimbra faz primeira implantação não cirúrgica de próteses valvulares cardíacas biológicas

Esta cirurgia, a primeira do seu tipo no nosso país, representa um passo importante na Intervenção Cardiovascular em Portugal

A Unidade de Intervenção Cardiovascular (UNIC) do Serviço de Cardiologia da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra efetuou as primeiras implantações valvulares percutâneas, em posição tricúspide, utilizando uma prótese biológica desenvolvida especificamente para esse efeito. Depois da implantação percutânea (ou seja, através de um acesso femoral minimamente invasivo sem qualquer necessidade de cirurgia) de próteses aórticas e pulmonares se tornarem uma rotina, implantaram-se agora as primeiras próteses biológicas colocadas em posição tricúspide (Válvula Evoque da Edwards Lifesciences). “Os doentes com insuficiência tricúspide grave têm muito mau prognóstico, com mortalidade que pode atingir os 20% ao ano e com múltiplos internamentos por insuficiência cardíaca, determinando assim uma sobrecarga importante sobre os recursos hospitalares”, explica Lino Gonçalves, Diretor do Serviço de Cardiologia da ULS de Coimbra, serviço que “tem vindo a responder de forma eficaz às solicitações dos doentes cardiovasculares com variada patologia valvular, entre elas a insuficiência tricúspide”.
“Como estes doentes são mais frágeis, apresentam um risco cirúrgico muito elevado e por isso são muitas vezes candidatos apenas a terapêutica médica otimizada, com fármacos diuréticos, cujos resultados são pouco satisfatórios. Há já algum tempo que estes doentes podem ser candidatos a vários tipos de intervenções valvulares percutâneas, de baixo risco (vulgarmente designados por “clips”). A implantação pioneira em Portugal de uma prótese valvular tricúspide por via percutânea na ULS de Coimbra permite a substituição da válvula tricúspide, nos casos em que não seja adequada a reparação valvular tricúspide por outros meios, com “clip” ou com cirurgia cardíaca”, frisa o especialista. Os procedimentos foram realizados em meados de outubro e demoraram cerca de 2 horas. Os doentes recuperaram de forma rápida e sem intercorrências, tendo tido já alta hospitalar. A equipa contou com os cardiologistas de intervenção Marco Costa, operador principal e coordenador da unidade, Luís Paiva e Manuel Santos, operadores ajudantes, Ana Botelho e Luís Puga, especialistas na imagem ecocardiográfica, Joana Gonçalves, anestesista, e técnicos e enfermeiros de hemodinâmica do Serviço, bem como elementos de suporte da Edwards

Outubro 21, 2024 . 14:49

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