Falsa advogada viciada em jogo extorquiu 137 mil euros a cliente
Legalização de servidão de águas e direito de preferência na aquisição de um prédio “tramaram” um homem residente em Tábua, que confiou nos bons ofícios e profissionalismo de uma «advogada competente» de Lisboa. O resultado foi ficar sem 137 mil euros, apenas conseguindo recuperar 65.500 euros. O processo vai ser julgado no Tribunal Judicial de Coimbra. A arguida, maqueira de profissão, é uma mulher de 42 anos, residente em Lisboa, viciada em jogos de casino e já com antecedentes criminais. O Ministério Público deduziu acusação pelos crimes de burla e usurpação de funções, que o Juízo de Instrução confirmou.
Os factos remontam a março de 2019, altura em que a vítima conhece a «advogada de Lisboa». Precisando de «resolver uns assuntos jurídicos», recorreu aos seus serviços. Primeiro foi o reconhecimento de uma «servidão de águas, a que considerava ter direito». A suposta advogada prontificou-se a «regularizar a situação, com uma “escritura de usucapião”. E foi o que fez. Começou por pedir «480 euros, para dar início à prestação dos serviços jurídicos visados» e o cliente pagou. Depois, solicitou o «pagamento de 750 euros» para realizar a «escritura. Entretanto, em julho, a vítima avança com uma segunda solicitação, no sentido da conseguir «direito de preferência na aquisição de um prédio rústico», confinante com outro que já lhe pertencia, refere o processo.
Já relativamente à questão do prédio, questionada pelo cliente, a falsa advogada avançou que os «outros interessados tinham voltado a oferecer mais dinheiro», justificando o pedido de mais 18.100 euros.
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