Confrontos com a polícia numa manifestação em Roma
A polícia italiana lançou gás lacrimogéneo, usou canhões de água e bastões para dispersar manifestantes violentos, muitos com o rosto coberto, numa marcha pró-Palestina em Roma, que tinha começado de forma pacífica.
O protesto reuniu cerca de 7.000 pessoas numa praça da capital italiana, sem desfile pelas ruas da capital, dado que as autoridades tinham blindado a zona com um forte dispositivo policial.
No entanto, após três horas de protesto pacífico, alguns manifestantes decidiram tentar ultrapassar as barreiras policiais, o que deu origem aos confrontos.
Alguns participantes na marcha lançaram garrafas, petardos e pedras aos agentes, que responderam com gás lacrimogéneo, bastões e canhões de água para tentar dispersar os grupos. Segundo a agência ANSA, uma jovem ficou ferida na cabeça e caiu no chão.
A polícia de Roma tinha decidido proibir a manifestação alegando "motivos de segurança pública" e também por considerar que com a proximidade do dia 7 de outubro, data do primeiro aniversário do ataque do Hamas em território israelita, poderia acabar em "expressões de celebração do massacre em Israel".
A decisão de proibir o protesto suscitou um debate sobre a legitimidade das manifestações e a liberdade de expressão.
O protesto acabou confinado à Praça Ostiense, onde os manifestantes gritaram "Palestina livre" e "Netanyahu assassino".
Segundo as autoridades, pelo menos 24 agentes da polícia e três manifestantes ficaram feridos nos confrontos na Praça Ostiense, enquanto cinco pessoas foram presas por distúrbios.
O ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, telefonou ao chefe da Polícia Romana, Vittorio Pisani, para apurar o estado dos agentes feridos e manifestou a sua satisfação com o dispositivo implantado, segundo fontes ministeriais.
“As forças de segurança, como sempre, demonstraram grande profissionalismo e equilíbrio, garantindo a ordem pública num dia complexo em que não faltaram ofensas graves por parte daqueles que se manifestaram utilizando armas e fogos de artifício inapropriados para atacar os agentes e causar danos”, considerou o ministro.