Assembleia Municipal de Coimbra unânime na procura de uma solução para o Ateneu
A Assembleia Municipal de Coimbra aprovou hoje, por unanimidade, uma moção em defesa do Ateneu, recomendando ao executivo que ajude a encontrar uma solução para aquela instituição, em risco de ser despejada do edifício onde se encontra.
A moção apresentada pela CDU surge na sequência de o proprietário do edifício onde o Ateneu de Coimbra está desde 1994 ter notificado aquela instituição histórica da cidade para sair das instalações na Alta da cidade até fevereiro de 2025.
O documento reconhece o “empenhamento do presidente da Câmara Municipal de Coimbra” na procura de uma solução para novas instalações para o Ateneu, apelando à Assembleia Municipal para que se junte “aos esforços” no sentido de busca de soluções de reinstalação da instituição “em equipamento adequado à continuidade da coletividade e do seu labor nas áreas cultural e solidária”.
O líder da bancada municipal do PS, Ferreira da Silva, considerou que, apesar de o partido votar a favor da moção, não reconhece “o empenhamento do presidente em encontrar uma solução”, alegando que, se os socialistas liderassem o executivo o problema “já não existia”.
Na resposta, o deputado da CDU João Pinto Ângelo, que apresentou a moção, vincou que, enquanto sócio do Ateneu, lamentou que a “informação” possa não ter chegado ao PS, mas que o esforço do executivo era reconhecido (o próprio presidente do Ateneu já tinha afirmado no passado que a Câmara de Coimbra já se tinha prontificado a procurar uma solução).
Durante a discussão da moção, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, vincou que a autarquia está “a trabalhar numa solução” e que até já propôs uma possibilidade ao Ateneu.
No período antes da ordem do dia, foi também aprovada por unanimidade uma moção, apresentada pela Freguesia de Almalaguês, para assegurar saneamento básico nos lugares de Trémoa, Casal Novo, Portela, Braçais e Abelheira.
O presidente da Câmara de Coimbra salientou que o projeto para assegurar saneamento a esses lugares estava a ser desenvolvido pela Águas de Coimbra, perspetivando-se que a empreitada possa ser lançada no primeiro trimestre de 2026.
Segundo José Manuel Silva, a obra tem um custo previsto de 2,2 milhões de euros para assegurar saneamento, no total, a 195 fogos com cerca de 420 habitantes.
“É uma obra cara com custos muito acima do custo médio por fogo em Coimbra”, notou o presidente do município, referindo que a obra só pode estar a avançar neste momento face ao equilíbrio financeiro da empresa municipal.