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Fogo perto de casas e escolas fechadas em Águeda

“Não conseguimos contabilizar o número de frentes de fogo. São várias, e em várias direções", adianta autarca
O combate ao fogo em Águeda começou hoje a ser “organizado” devido ao abrandamento do vento, mas há “incêndios perto de casas” e todas as escolas foram encerradas devido à qualidade do ar, revelou o presidente da Câmara. “Não conseguimos contabilizar o número de frentes de fogo. São várias, e em várias direções. Agora o vento parou, o que permite organizar o combate às chamas, sobretudo na parte florestal”, descreveu Jorge Almeida, em declarações à Lusa pelas 10:00. Questionado sobre a existência de casas ameaçadas pelo fogo, o autarca preferiu usar a expressão de que “há incêndios próximos de habitações”, indicando existirem apenas situações “pontuais” de retirada de pessoas das residências naquele concelho do distrito de Aveiro. Por outro lado, “o delegado de saúde determinou o encerramento de todas as escolas, devido à qualidade do ar”, acrescentou. Jorge Almeida alertou que “o teto de fumo” sobre Águeda é “muito grande” e a “visibilidade é pouca”, pelo que a recomendação é que as pessoas “se mantenham próximas das suas casas ou dos seus haveres, para identificarem eventuais focos de incêndio o mais depressa possível”. Questionado sobre se os meios são suficientes para o combate às chamas, o presidente explicou que há outros fatores a ter em conta. “Na terça-feira à noite fiquei muito feliz com um reforço de meios, até porque precisávamos que os nossos descansassem, mas isso não impediu que o fogo se descontrolasse”, observou. Ao início da manhã o autarca revelou que o incêndio se complicou durante a noite, com a alteração do vento e reacendimentos. Em declarações à agência Lusa ao início da manhã, o presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, disse que o incêndio rural se “complicou extraordinariamente” - com a alteração do vento e os reacendimentos, "pequenos focos de incêndio tornaram-se grandes incêndios”. “Neste momento temos o incêndio novamente descontrolado”, disse o autarca pelas 09:00, explicando que o fogo “está muito próximo de núcleos urbanos e da própria cidade”. Em Águeda, foram ativadas cinco zonas de concentração de apoio à população e, segundo a Proteção Civil, estas estruturas realojaram na terça-feira 62 pessoas. De acordo com um ponto de situação sobre o distrito de Aveiro feito pela Proteção Civil ao final da tarde de terça-feira, em Albergaria-a-Velha foram apoiadas 23 pessoas, em Águeda 33 e em Sever do Vouga seis.

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