O «Ensino Superior do futuro, que já começou», vai ser «muito diferente», analisou ontem Jorge Conde na abertura solene das aulas do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), numa antevisão sustentada em diferentes fatores. Num horizonte a curto prazo não cabem algumas das atuais profissões, com surgimento de outras, e compete ao Ensino Superior antecipar «todas as mudanças e perceber que profissionais o mercado absorverá em 2030, para iniciar já as alterações à oferta formativa», defendeu o presidente do IPC, ao notar que as necessárias mudanças, no entanto, não se conseguem por decreto.
Ao observar que «a internet e as bibliotecas online, a partilha de artigos científicos e outros documentos com estudantes mais velhos ou com profissionais da área, e muitas outras formas de organização do estudo, estão a mudar o ensino e, fundamentalmente, o Ensino Superior», considerou que, hoje, «o vídeo e os sistemas interativos, com aulas não obrigatoriamente presenciais e muito menos convencionais, são o futuro». Isto, contextualizou ainda, «associado a uma geração pouco preparada para as frustrações ou dificuldades, mas muito disponível para tudo o que é tecnológico e moderno, com apoio demasiado próximo da família até muito tarde», o que também fará com que Ensino Superior «venha a ser muito diferente».