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“Nojo e ódio” na base da morte do sócio-gerente do café Nicola

Arguido confessou crimes e pediu “desculpa a Deus” pelo facto de “tirar uma vida humana”. “Não me encontrava bem, bebia muito e consumia droga” afirmou
O homicida do sócio-gerente do café Nicola, em Coimbra, confessou, na primeira sessão de julgamento, os dois crimes pelos quais vinha acusado pelo Ministério Público - homicídio qualificado e profanação de cadáver – e afirmou, perante o coletivo de juízes, que agiu num quadro de «nojo e ódio», “alimentado” pelo «consumo de álcool e drogas». O arguido, de 37 anos e de nacionalidade brasileira, que atualmente se encontra em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Aveiro, pediu «desculpa a Deus» pelo facto de «tirar uma vida hu­ma­na» e justificou a atitude afirmando que, no momento, estava fora de si. «Não era eu que estava ali naquele mo­men­to, não me encontrava bem, bebia muito e consumia droga», referiu perante o coletivo. GG reconheceu que teve, pelo menos, «quatro encontros de cariz sexual, em troca de dinheiro» com o sócio do café Nicola, de 57 anos, o qual conheceu numa plataforma de encontros. A verba que recebia era variável, «mas tinha como base 20 euros», chegando, por vezes, aos 80, 100 ou 200 euros», precisou. No dia 19 de agosto de 2023, dia em que Mário de Oliveira desapareceu, os dois marcaram encontro em casa do arguido, em Chãs, Semide (Miranda do Corvo), tendo mantido relações sexuais na cave da habitação, local utilizado para a maioria dos en­con­tros. No decorrer de uma conversa, explicou o arguido, o ofendido manifestou vontade de ter «uma relação mais concreta», falando, diz, «como se estivesse apaixonado». «Disse que não queria mais, porque aquilo já me metia nojo», salientou, dizendo que no decorrer dessa conversa, Mário de Oliveira agrediu-o com «um murro nas costas».

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