Feira na Mealhada realça as tradições e traz vida à cidade
«A Mealhada é uma terra de tradições e é abençoada por “4 Maravilhas”». As palavras são de Helena Teodósio, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra que, na tarde de ontem, participou na inauguração oficial da Feira de Artesanato e Gastronomia da Mealhada, que se realiza até ao próximo domingo, 16 de junho, no centro da cidade. Já o presidente da Autarquia da Mealhada, António Jorge Franco, admitiu os transtornos que a feira causa ao normal funcionamento rodoviário, defendendo, contudo, que «só assim se traz mais vida ao centro da cidade».
«Estamos num certame que define este território e conta com o trabalho árduo de várias gerações. Cada objeto dos artesãos conta uma história e um incansável empenho e dedicação», referiu Helena Teodósio, defendendo que a Feira de Artesanato e Gastronomia representa «turismo, gastronomia e cultura, sendo um catalisador para o comércio tradicional e local, o que fortalece a economia». «Aproveitem esta feira para descobrir novos sabores e apoiar os artistas locais, porque só assim conseguimos apoiar o que é nosso».
«Esta Feira conquistou o seu espaço para que seja um momento de festa e de reunião de todos os mealhadenses, representando mais um momento de proximidade da Autarquia com a população e comerciantes», destacou António Jorge Franco, defendendo «a vida» que o certame traz ao centro da cidade, «com “mãos mágicas” e artesãos de todo o país e o encontro das associações com os seus familiares e amigos nas “Tasquinhas”».
A festa, sublinha, «cria hábitos saudáveis dando prioridade à mobilidade do peão e, por isso, estamos a criar um espaço público mais acessível e inclusivo», exemplificando com a intervenção feita, recentemente, na Praça do Choupal, onde fica também, por estes dias, o palco principal do certame. «Sabemos dos constrangimentos que isto cria aos moradores e comerciantes, mas acreditamos ser uma mais valia para um grande reconhecimento desta festa no futuro. Apelamos à paciência de todos, porque esta feira e todo o seu bem-estar só se consegue com o envolvimento de todos», enfatizou o autarca.
Com o artesanato apontado como a «grande chancela desta feira», fruto da parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, estão presentes sete dezenas de artesãos que «mostram o resultado de mãos mágicas de Norte a Sul do país», das esculturas em papel às rendas de filé, da joalharia de autor ao trabalho em couro. A parceria com o CEARTE - Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património também é destacada, uma vez que dinamiza um programa de oficinas, ao vivo, em áreas como o vitrinismo, a olaria, a tecelagem, a estampilha e a pintura de azulejo, com opções para artesãos, público em geral e também para escolas. As ações decorrem no stand da CEARTE, que situar-se-á entre a Rua Eduardo Alves Matos e a Avenida 25 de Abril. As inscrições nestas oficinas devem ser feitas em https://www.cearte.pt/courses/search.html?alias=formacao_plano.
Com três palcos, esta edição guarda para as noites principais os espetáculos de âmbito nacional, com atuações de artistas Dino D’Santiago, CRUA, Tertúlia dos 40, Sons do Minho e José Cid, depois de, na noite de ontem, a «inauguração» ter sido feita por Marisa Liz. Há ainda espaço para um festival de folclore e outro de samba, com as coletividades concelhias e muitas atuações de música e dança, de grupos e associações. As tasquinhas mostram, como habitualmente, o melhor da cozinha tradicional, apresentando os pratos típicos da região.