André Freixo
No Choupal, pela manhã. No Parque Verde do Mondego, durante a tarde. A boa temperatura, o sol, a vontade de fazer alguma actividade desportiva ao ar livre, respirar ar puro, passear ou, simplesmente, contactar com a natureza, levou a que alguns milhares de conimbricenses “invadissem” os dois principais espaços verdes da Lusa-Atenas e, umas vezes cumprindo as distâncias de segurança emanadas pela Direcção-Geral de Saúde para o combate à pandemia do novo coronavírus, outras, escreva-
-se muitas, nem tanto.
Manhã de Choupal
perto da “normalidade”
Na Mata Nacional do Choupal, durante a manhã, o movimento era muito. Vários eram os carros estacionados fora dos locais onde podiam efectuar a paragem, muitas pessoas a correr, a andar de bicicleta ou a caminhar. O local, já se sabe, costuma ser mais frequentado durante as manhãs dos tempos de “normalidade” e pareceu, mesmo, que esta tinha voltado mesmo que durante apenas algumas horas. A verdade é que, a partir de hoje, alguma dessa normalidade vai mesmo voltar com a segunda fase do desconfinamento a iniciar-se. Todavia, no Choupal, parecia que todas as fases de desconfinamento já tinham sido ultrapassadas.
No início da tarde, menos pessoas no espaço e o regresso do distanciamento social exigido. Rui Germano trouxe a mulher e os dois filhos, Guilherme e Tiago, para «comer um gelado e desanuviar um pouco a cabeça de estarem em casa», afirmou. O homem de 48 anos sentiu-se em segurança pelo número, já razoável, de pessoas que encontravam no espaço. Quanto à fase de desconfinamento que se inicia hoje, Rui espera que «impere o civismo, bom-senso e a responsabilidade social para que corra bem», partilhou. Rúben Caetano e Ana Rita fizeram um piquenique na zona de merendas do Choupal. Rúben disse que «toda a gente cumpriu as distâncias de segurança» referindo que o próprio alinhamento das mesas no local permite que isso aconteça pois, reforçou, «estão a mais de dois metros de distância».
Ponte Pedro e Inês
com “engarrafamento”
Durante a tarde, foi o Parque Verde do Mondego a registar um “mar de gente” mesmo ao lado do rio. Na Ponte Pedro e Inês, que permite belas fotografias e uma vista panorâmica para a “margem norte” da Lusa-Atenas, a circulação foi de um verdadeiro “engarrafamento” em hora de ponta. Toalhas estendidas nas partes verdes, piqueniques que se prolongaram durante a tarde, grupos de famílias, amigos e namorados em momento a fazer lembrar uma “normalidade” que, como se sabe, ainda não é possível. O uso de máscara também não é, ainda, um hábito entre as pessoas sendo que algumas já não as deixam em casa e outras, nem tanto.
Joana Dias foi uma das pessoas que aproveitou o Sol da tarde naquele espaço juntamente com outras amigas. A jovem de 28 anos concordou que estiveram «muitas pessoas» no local mas isso não fez com que se tivesse receio: «É normal que as pessoas queiram sair agora, foi muito tempo em casa», concluiu.