O consumo de café está inversamente associado à emergência de problemas ou queixas de falta de memória, presentes em doentes de Alzheimer. Existem hoje oito estudos diferentes todos com essa mesma conclusão. O que o grupo liderado por Rodrigo Cunha, investigador do Centro de Neurociências (CNC) da Universidade de Coimbra, tem procurado perceber, usando modelos animais, é qual o alvo operado pela cafeína para receber este benefício/protecção, a sua alteração e envolvimento no decurso da doença. «Estamos bem no início», dizia ontem a um grupo de cuidadores de doentes de Alzheimer e representares de associações que trabalham com doentes e suas famílias.Na III Conferência Cientistas em tournée, realizada no âmbito dos Prémios Maratona da Saúde, o docente da Faculdade de Medicina da UC e investigador premiado, lembrou que o CNC lidera a nível mundial na investigação de doenças neurodegenerativas e que tem vindo a juntar colegas de outros países. Rodrigo Cunha foi premiado pela Maratona da Saúde pelo seu projecto de estudo dos derivados da cafeína como base de novos medicamentos para a doença de Alzheimer. Uma hipótese cada vez mais consolidada, mas que ainda há-de demorar três a cinco anos até chegar à pratica clínica, admitiu.
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