Diário de Aveiro: Depois da estreia… olhas para trás e o que vês?
Bruno dos Reis (autor do texto e encenador): O trabalho mais apurado que já fiz, tanto a nível técnico como a nível pessoal. Acho que para isso contribuiu não só a minha maturidade mas os últimos três anos que nos vieram ensinando tanta coisa a nós, GrETUA, enquanto grupo, penso. Seria absurdamente impossível, há três anos, levantar um espectáculo deste tamanho em dois dias de montagem virgem, como foi a implantação no Aveirense. Significa que tens de levar muita coisa preparada de antemão e significa que tens de saber fazer as concessões necessárias ao que era a tua ideia original, e isso também é uma forma de maturidade. Julgo que é por isso que vejo tantos espectáculos tão nus nos palcos contemporâneos - não creio que em muitos casos seja uma refinação, mas antes uma série de más concessões. No caso deste espectáculo, isso não aconteceu de uma forma perceptível, e sinto-me muitissimamente orgulhoso.