O gerente da firma 365 negou ontem, no início do julgamento no Tribunal de Leiria que envolve 22 arguidos, a sua participação no acordo que terá sido estabelecido entre esta empresa de segurança privada e a extinta Lexsegur. Ex-autarca em Cantanhede e gerente da empresa 365, Manuel Santos disse ontem ao colectivo de juízes que quando assumiu a gerência da empresa, em Julho de 2015, já “existia um acordo estabelecido entre a 365 e a Lexsegur”. Segundo relatou, quando entrou na empresa, a “primeira preocupação foi aferir a parte financeira” e só depois de avaliar tudo e os extratos bancários se apercebeu das transferências que eram realizadas para os irmãos Paulo e Jónatas Miguel, que pertenciam à Lexsegur. (...).
Refira-se que a acusação deduzida pelo Ministério Público no processo denominado ‘Punho Cerrado’, envolve 22 pessoas e uma sociedade, que estão acusadas de associação criminosa, extorsão e exercício ilícito da actividade de segurança privada, entre outros ilícitos. O processo envolve também os crimes de coacção e coacção agravada, ofensa à integridade física qualificada, ameaça e ameaça agravada, exercício ilícito da actividade de segurança privada, detenção de arma proibida e violência doméstica.
